MARC CHAGALL (Pintor) (1887-1985) Chagall se formou na Escola de Arte de São Petersburgo. Em 1910 mudou-se para Paris e dois anos depois participou das primeiras exposições dos artistas independentes. Foi nessa época que fez amizade com Apollinaire, Delaunay e Modigliani, entre outros. Também foi convidado pelos expressionistas para as exposições de Berlim. Voltou para a Rússia e expôs seus trabalhos com sucesso em São Petersburgo. Começou depois a fazer carreira trabalhando nas escolas de arte, até poder abrir a sua. Estabeleceu-se em Moscou em 1920, onde começou a trabalhar como decorador e figurinista do Teatro Estatal Judeu. Voltou para Paris em 1922. Lá ilustrou a edição das fábulas de La Fontaine. Viajou depois para a Palestina e Polônia. Fez ilustrações para bíblias. Finalmente emigrou para os Estados Unidos em 1941, onde continuou desenhando figurinos e cenários para o balé de Tchaikóvski. De volta a Paris, conseguiu expor suas obras individualmente e levá-las para Amsterdã e Londres. Nessa época surgiram suas primeiras peças de cerâmica, produto das viagens que fez à Grécia e Israel. Em Paris foi contratado em 1964 para pintar os afrescos da abóbada do teatro da Ópera e de uma das salas do Louvre e para desenhar os vitrais das catedrais de Reims e de Zurique. Já era então um artista consagrado mundialmente. A obra de Chagall dificilmente se ajusta a qualquer das vanguardas do século XX. Esteve relacionado com o impressionismo e o cubismo, mas seus últimos quadros têm um caráter mais surrealista. Os motivos refletem a grande influência das tradições russo-judaicas e uma mística quase inexistente em outros pintores da época. As cores que utiliza são suaves e harmônicas, destacando-se dentre elas seu azul característico de simbologia onírica. Chagall se preocupava particularmente com a interpretação psicanalítica dos sonhos. Suas obras podem ser vistas nos museus de arte moderna mais importantes do mundo.